Quando amanhece
E eu vejo o sol brilhando lá em cima
Eu lembro de você.
Quando anoitece
Ou quando a lua se oferece ao dia, lá em cima
Eu lembro de você.
Quando estou triste, desanimado,
Ou quando quase, por um pouco, não há esperança
Eu lembro de você.
Quando me alegro e tenho forças
Ou quando quero mudar o mundo
Eu lembro de você.
Se o que resta-te é viver nesse mundo sem sentido,
O que resta-me é viver neste com você.
.
Guio
.
PS.: Lembra, Gabi? Isso foi no dia 27/11/2011.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Pobre Osvaldo
Osvaldo acordou exausto
por causa do sonho que tivera: estava caminhando tranquilamente pela
rua quando alguém começou a lhe seguir. Começou a correr e o
celular no bolso começou a tocar. Era a namorada avisando que mudou
os planos, não iria mais casar, iria se mudar para o Japão com o
novo chefe de exportação. Osvaldo chorava e corria; estava triste e
cansado. Quando virou a esquina o despertador lhe acordou, para seu
alívio.
Levantou, tomou café
e foi para o trabalho caminhando tranquilamente pela rua quando
alguém começou a lhe seguir. Começou a correr e o celular no bolso
começou a tocar. Era a namorada avisando que mudou os planos, não
iria mais casar, iria se mudar para o Japão com o novo chefe de
exportação. Osvaldo chorava e corria; estava triste e cansado.
Quando virou a esquina levou um susto: não sabia mais se estava
dormindo ou acordado.
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Gabi
domingo, 19 de fevereiro de 2012
Assim, desse mesmo
jeito
Tento não sentir
E não faz tanta
diferença
Tão frio, morno,
quente
Enquanto os outros se
conformam
Eu tento entender
Mas tem explicação?
Talvez seja tudo ilusão
E eu me preocupo sem
razão
Será que não é tão
óbvio assim
Ou apenas eu percebo de
um modo diferente?
Esterei apenas
fingindo?
Pode ser,
Nunca se sabe
Ou se sabe
E finge-se o contrário.
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Gabi
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
Até que uma ideia
torne algo real
Até que a vida chegue
num estágio final
Tudo o que somos, somos
a todo instante
E o instante nos muda
Nos deixando
inconstantes
Consciente de tudo
Que pode nos dar nada
E do nada que nos
rodeia
Fazendo a roda girar
Mas quem foi que disse
Que nada se transforma
Se transformou em
produto
De compra, venda e
troca
Muito tempo, quase
sempre é pouco
Quando não há motivo
Ou sentido
Pra continuar uma vida
digna de ser vivida
Passada e repassada a
limpo
Por todas as coisas
Que não voltam atrás.
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Gabi
Terra da Liberdade
Inventaram um novo
sistema
E tivemos que nos
acostumar
Descobriram um novo
mundo
E nos mandaram para lá
Afirmaram ser a Terra
da Liberdade
Mas ninguém é livre
pra pensar.
Ser livre é questão
de escolha
Escolhemos a condenação
Nos acostumamos com
tudo isso
E ainda não somos
civilização.
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Gabi
08 de julho de 2009
Na primeira impressão
No momento de pressão
No máximo o diferente
É falta de se duvidar
Engraçado e falso
O santo tão profano
No nascimento da morte
Do homem que não
deixou de ser
Pode até parecer
coisas tão irreais
E é lógico que
'talvez'
É muito breve
Tanto quanto já nem há
tempo
Pra se medir, pra se
contar.
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Gabi
Era um dia além do Dia
Aquilo que se sobrepõe
E faz o ar ficar denso
Precisa de um suspiro
pra respirar
Todos os instantes que
o antecederam perderam a validade naquele exato momento.
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Gabi
Sinto necessidade de escrever à mão

É como se o digitar me roubasse a imaginação, o sentimento mais puro. Escrever à mão é meio mágico: não se apaga com um botão quando se muda de ideia, se rabisca em cima. Acho que isso é mais parecido com a vida: não dá pra apagar o que a gente viveu, mas muitas vezes riscamos tão forte que na manhã seguinte não fazemos a mínima ideia do que estava embaixo de toda aquela tinta. Isso é bom. É assim que vem uma nova ideia, uma nova vida, um novo pensamento depois daquele que foi riscado.
As vezes não vem nada depois disso, mas não dá pra tirar o rabiscado de cima, o que melhor conseguimos é seguir em frente, buscando outras palavras ou reescrevendo as antigas, quando estas realmente valem a pena. Alguns (F.G.) dizem que a vida é uma caixa de bombons. Eu digo que a vida é escrever à mão.
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Gabi
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
É sempre assim
Antes que se diga
qualquer coisa
Muitas coisas já foram
perdidas
E a maioria era
importante
E por que ser tão
medíocre?
Essa tal de
globalização e linhas imaginárias
Tudo nos dividindo e
nos prendendo
Enquanto não
aprendermos a ser mais
Somos mais um na
multidão
E todos falam do óbvio
Como se fosse nada
demais
Mas o que fazer
Com o que fizeram com a
gente?
Se a gente nunca sabe
Pra que direção
correr
Se a gente nunca sabe
Onde se esconder.
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Gabi
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Os conflitos de uma geração,
Um mundo perdido
Nos fazem olhar para o alto
Esperando o novo chegar
As mensagens de amor nos livros
Esquecidos na estante
E eu, por um instante,
Não sou ninguém além de mim mesma
Esquecida no fundo da gaveta
Ainda guardo um retrato daquele tempo que já passou
Há tanto tempo
Cada passo, cada movimento
Uma certeza, um momento
Ainda não vivido e esquecido tão depressa
Um passo em falso, Um tropeço
Uma luz no fim do túnel
Faz parte da vitória que temos constantemente
Sem deixar transparecer
Sem ao menos perceber
As purezas das coisas belas de um mundo perdido em outra galáxia
Uma esperança, uma certeza, um medo
De se deixar enganar pela rotina
Todo dia o sol vem sempre brilhar
E mostrar a lucidez quando pensamos
Que estamos embriagados
Pelas nuvens cinzas que tapam nossos olhos
E não nos deixam ver
As purezas das coisas belas
De um mundo perdido em outra galáxia.
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