É como se o digitar me roubasse a imaginação, o sentimento mais puro. Escrever à mão é meio mágico: não se apaga com um botão quando se muda de ideia, se rabisca em cima. Acho que isso é mais parecido com a vida: não dá pra apagar o que a gente viveu, mas muitas vezes riscamos tão forte que na manhã seguinte não fazemos a mínima ideia do que estava embaixo de toda aquela tinta. Isso é bom. É assim que vem uma nova ideia, uma nova vida, um novo pensamento depois daquele que foi riscado.
As vezes não vem nada depois disso, mas não dá pra tirar o rabiscado de cima, o que melhor conseguimos é seguir em frente, buscando outras palavras ou reescrevendo as antigas, quando estas realmente valem a pena. Alguns (F.G.) dizem que a vida é uma caixa de bombons. Eu digo que a vida é escrever à mão.
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