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quinta-feira, 15 de março de 2012

Tomei café gelado


Por pensar que a água estava quente
Foi pressa e falta de atenção
A canção que tocava na minha cabeça
Falava de coisas que terminam
Mas continuam sempre ali
Tão confuso como sempre foi
Tudo do que a gente nunca teve
O que há de vir a ser
Não há como saber
Não há quem saiba.

Um comentário:

  1. Gostei. Gosto desse tipo de escrito. Pessoal, existencial e reflexivo.
    Sempre gosto de fazer algumas reflexões sobre esse tipo de escrito. heheh
    Isso me lembrou de uma frase do Raul Seixas:
    “Que o mel é doce, eu não posso afirmar, mas que parece doce, eu afirmo plenamente”
    Grande Raul!
    “Tudo o que a gente nunca teve”.
    Isso é instigante. Gosto de frases assim reticentes e reflexivas.
    Tipo “essa saudade de tudo o que eu sinto de tudo o que ainda não vi”.
    Na verdade, as “coisas continuam sempre alí”. A gente é que normalmente se sente um tanto preso entre o que a gente é e o que a gente gostaria de ser. Nós estamos exatamente onde deveríamos estar. E é nesse “lugar”, que devemos atuar, fazer valer aquilo que acreditamos ser verdade. A nossa verdade. Nós somos a pessoa por quem esperamos a vida toda. Nada de deuses, nada de santos. Apenas nós e a nossa verdade e a nossa vida. Nós no controle dela.
    Tem uma frase muito real do Bon Jovi, que eu adoro:
    “Todo mundo é um ‘milagre’, do seu próprio jeito. Apenas escute você mesmo, não o que as pessoas dizem”.

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