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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Sou à toa.

Estava deitada
E chegou até mim a ideia:
Poesia que nasce e morre no pensamento
Poesia que passa a ser nada.

São dias iguais
Que confundem o objetivo
E o objeto passa a ser supérfluo
Desde o dia da sua projeção.

Eu sou à toa, mas nem deveria ser
Eu tenho medo, mas nem deveria ser
E sou também a vaidade
Que eu nem deveria ter.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Não é isso que importa...

... Ordem imposta
Limite limitado
Não é isso que faz sentido:
Viver por viver
Respirar sem motivo
Não é isso que estranha:
Andar na rua sem olhar para os lados
Imaginar que está em um cavalo alado.

sábado, 13 de outubro de 2012

Estranha

E eu pensando que era estranha
Descobri que melhor ser estranha
Do que não ser 
Nada pode ser
Maior que a falta de estranheza
Deste mundo tão vulgar
Eu pensando
Descobri o que era
E o que já não poderia ser
Embora fosse ao longe,
O sol do horizonte só gerava sombra
E eu me deliciava na sombra
Luz cega mais do que a escuridão
Luz faz parte de outra coisa
E ainda prefiro o que é estranho
Que me induza a descobrir
Mesmo que inútil
O sentido que em algum lugar
Deve resistir.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Universo Paralelo


Acordei em um Universo Paralelo
O chimarrão estava pronto
E a canção que tocava
Falava sobre acordar cedo,
Chimarrão e leveza
E eu me sentia leve
Pronta para qualquer aventura
Pronta para voltar
O mundo pode ser grande
Questão do ponto de partida
Do ponto até onde
A visão alcançar
O que pode ser
O que de fato será
Qualquer Universo Paralelo
Pode nos salvar
Não sabemos se é pecado pedir,
Se é proibido implorar
Só imaginamos o oposto
O gosto bom
Do tempo gasto
Que não teremos que pagar.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Pensando o sentido: religião e vegetarianismo.


Nasci no sul do Brasil, uma região que tem como comida típica o churrasco. Por muitos anos segui essa tradição sem jamais pensar ou me questionar sobre o assunto.
No final de 2010, li uma reportagem sobre Paul McCartney que falava sobre seu vegetarianismo. Dias após, encontro frases de vegetarianos famosos falando sobre o assunto, incluindo Rita Lee. Na época, eu era devota do bom churrasco todo o domingo, mas fiquei curiosa e me perguntei: o que faz com que essas pessoas não comam carne? Pesquisei sobre o assunto e encontrei vários sites: alguns com informações de menos, outros radicais demais pra quem ainda comia carne e outros que me informaram de maneira equilibrada tudo o que eu precisava fazer. Após ler muito, refleti sobre o assunto. Após refletir muito sobre o assunto, decidi parar de comer carne. Nem se eu quisesse continuar comendo eu conseguiria. 

Com a religião não foi muito diferente, mas foi mais cedo. Eu tinha 10 anos quando a minha mãe começou a ir numa igreja evangélica e me obrigava a ir junto. Eu era uma criança e queria cortar o cabelo, usar qualquer roupa e ouvir o meu rock n' roll, coisas que a igreja proibia. Foi ali que eu comecei a me questionar: "por que eu tenho que deixar o cabelo crescer e usar apenas saia para ir para o céu? Não basta eu ser uma pessoa boa?" Isso me fez ler muito sobre religião, desde os mitos da antiguidade, passando por Idade Média, religiões árabes, hinduísmo, budismo, enfim, tudo o que foi possível. Foram anos lendo, estudando, pensando em todas as contradições, ao mesmo tempo que eu lia e estudava sobre ciências e teorias sobre a formação do Universo e dinossauros e etc. Depois de um tempo, parei de me importar e me declarei agnóstica. Depois de muito tempo sem me importar, sem ir a igrejas, sem rezar e perceber que tudo na vida dava certo, misturando com leituras de Jean Paul Sartre, me declarei ateia. Isso não foi uma escolha, foi uma conclusão, foi uma percepção de que não havia nada superior a mim regendo a minha vida. Tudo que eu precisava para fazer as coisas acontecerem, estavam em mim.

Minha intenção não é fazer com que todas as pessoas do mundo sejam vegetarianas ou deixem de acreditar em deus. Eu apenas gostaria que todos parassem para pensar sobre o assunto. A maioria come carne e vai à missa todos os domingos por não repensar os seus hábitos. A alimentação e a religião fazem parte de uma cultura de séculos e não é da noite para o dia que se tira hábitos tão intrínsecos na nossa sociedade. Nem todos que pararem para ler e pensar nos assuntos, concordarão que não comer carne e não ter religião não é preciso na nossa vida. Eu lhes digo que não faço uso de nenhum dos dois e tenho tudo que preciso.


A intenção é sempre fazer com que as pessoas pensem por elas mesmas. Fazer o que eu acho certo só porque eu acho certo é o mesmo que fazer o que Hitler acha certo só porque Hitler acha certo. A primeira coisa que fez com que eu gostasse de filosofia é justamente esse questionamento, a certeza que cada um pode pensar por si mesmo e chegar às suas conclusões. Talvez eu esteja completamente errada, mas acho que se cada um pensasse por si mesmo, todos chegariam a mesma conclusão: não é ruim que as pessoas acreditem em um deus, o que ferra com tudo é o fato de seguirem uma religião idiota; o problema não é as pessoas comerem carne, mas pensarem que sem carne não vivem, que tem que ter carne em tudo; o problema não é o povo votar, mas é não saber votar, é votar naquele que fala o que eles querem ouvir mesmo sabendo que o cara não vai cumprir.
Quem pensa, não consegue ouvir as músicas de maior sucesso dos nossos dias, não consegue assistir novela, nem muitos filmes que passam por aí. 
O caso é que pensar dói, dá trabalho, trás angustias. Mas é sentindo essas dores e angustias que eu sou livre. 

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Cada dia a mais é um dia a menos
Tempo escorre por entre os dedos

E tudo é tão vago 
Vazio

Pior do que isso só se não fosse sério
E a gente tivesse se antecipado 
Ao rir da piada
O ridículo mundo dos sério

Verdade ou não
Nem todo mundo tem mistério

E tudo vale nada
Quando o sol amanhece

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Detalhe do dia de sol

 Dia de sol
Tempo bom
O detalhe que não muda as coisas
O detalhe que faz o espirito feliz
Facilita a vida
Sem expectativa
Desperta-se para o mundo real
E o sentido que há na realidade.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Tudo se esvai


Tanta coisa
Em tantos dias
Quase nada de tempo
E tudo se vai
Saindo pela tangente
Tingindo de outra cor o horizonte
O que é importante é deixado pra depois
E depois é irrelevante nesse mundo instantâneo
De instante em instante
Tudo é dissolvido
E nada volta atrás.

domingo, 22 de julho de 2012

Só se for à toa

Tantas as coisas que eu deveria pensar
Mas me falta tempo
Tanto tempo que eu não tenho como pagar
Nem tanta paciência assim

Só se for coisa à toa
Há tanto sempre por fazer
Se não há mais o que escolher
Liberdade é o que nos resta.

Nada detalhadamente arrumado
Fora do lugar é mais divertido
E o entretenimento tem luzes brilhantes
O mundo artificial também possui beleza.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Bóson de Higgs


A filosofia teve início com Tales procurando pela Arkhé, ou seja, o princípio de tudo que existe no Universo. Ele chegou a conclusão que tudo era formado pela água. Vieram outros após Tales e formularam outras hipóteses: fogo, ar, os 4 elementos juntos. Demócrito, tempos depois, falou do átomo, uma partícula indivisível.
No período clássico da filosofia grega, Platão e Aristóteles abstraíram a Arkhé e deram a chance de religiosos da Idade Média transformar essa abstração em um deus.

Na modernidade, cientistas puderam estudar a hipótese de uma Arkhé e chegaram ao elemento indivisível de Demócrito, que mais tarde foi descoberto que poderia ser divisível sim. Porém, nunca discordaram que em algum ponto, o átomo não se dividiria mais e, assim, teríamos a Arkhé.

Essa semana, cientistas mostraram ao mundo a Bóson de Higgs, popularmente conhecida como partícula de deus. Dessa partícula teria vindo todas as outras coisas.

Então, você que acha que filosofia não serve pra nada, lembre-se que foi Tales o primeiro a formular essa teoria.

E disse o homem: eis a Arkhé!

Blog da autora do texto:  http://www.pensarsersentido.blogspot.com.br/

Notícia: http://www.diariodarussia.com.br/tecnologia/noticias/2012/07/05/ciencia-descobre-a-particula-de-deus/

domingo, 1 de julho de 2012

O dia de hoje


Todos os dias
Os mesmos dias do ano passado
Outros momentos
Outra coisa pra se olhar
E pensa-se o oposto de outra hora
E o minuto passa raso
E resbala no que é superficial
O supérfluo muda de lugar
O que importa, sempre fica onde está
Mas pouco se fala
Quase nada se analisa

Todos os séculos
São círculos a girar
A maioria continua lá
E os outros tentam
Não se conformar
Estúpidos continuam a cantar
E veem beleza onde nada há.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

A relatividade absoluta.



Em 1905, Alberto Einstein publicou a Teoria da Relatividade. 90% da população não leu, mas tomou como verdade que "Tudo é relativo" e usam isso para falar de qualquer coisa. Eu olho para o mundo lá fora e não vejo essa relatividade tão óbvia como muitas pessoas veem. Percebo que as folhas das árvores são verdes: mais claros ou mais escuros, mas verde. Quando chega o outono e as folhas ficam amareladas, o verde deixa de existir naquela folha, mas não deixa de existir. Neste caso, o que é relativo é o olhar humano, afinal, nem todas as pessoas gostam de verde e se procurarmos bem, encontraremos pessoas que gostariam que as folhas fossem rosa ou vermelha. E assim funciona com todas as cores. Elas existem, elas mudam sem deixar de existir e o gosto humano sobre elas é relativo.

Numa aula de filosofia dessa semana, o professor fez um comentário semelhante acerca dos números. Eles existem independente do homem. O homem, pela linguagem, atribuiu um sentido, porém, se o homem não existisse, 1 unidade de cavalo + 1 unidade de cavalo, seriam 2 cavalos. Números são abstrações e, ao mesmo tempo, são concretos mas nada relativos: 2 + 2 são 4 aqui, no Japão ou em Marte. 

Diante desses pontos, há quem diga que, na natureza, tudo está sempre mudando. Mas essas mudanças são sempre as mesmas: as folhas que nascem na primavera e caem no inverno, a maré que muda todo dia, os animais que nascem e morrem. Assim, mesmo numa dialética natural, há coisas permanentes. Na Grécia Antiga, filósofos pré socráticos já discutiam sobre isso. Enquanto Heráclito afirmava o seu Panta Rei (Tudo Flui), Parmênides percebia que as coisas eram sempre as mesmas. Então veio Empédocles e percebeu que os dois estavam corretos em algum ponto. A relatividade está por toda parte. No lugar em que há olhar humano, há coisas relativas. Mas na natureza mais pura, a relatividade é algo absoluto. 

Sendo assim, acho absurdo quem grita aos quatro ventos que não existem verdades absolutas. O universo é uma verdade, eu existo, passarinhos existem, plantas existem. Me parece que afirmar "Tudo é relativo" é mais uma fuga de discussões, de um pensar de forma mais profunda. É como se a preguiça de se questionar estivesse se agravando dia após dia. Ao deixarmos tudo relativo, abrimos as portas para afirmar que nada mais tem importância.

sábado, 16 de junho de 2012

Só para que nada mais fizesse sentido
Desviou-se o caminho
O desafio foi aceito sozinho
E sozinho foi caminhar
Encontrou um espelho
Só pra poder se inventar
Fechou os olhos e admirou
Aquilo tudo tão concreto
Que estava a flutuar

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Morte (Breve)

Morrer não é breve
Como dizem por aí
Breve é o momento que a antecede
Breve é o medo que sentimos de morrer
Breve é a dor que nos mata
Nos corrompe a alma
Breve é nascer
O resto é morrer
E morrer não é breve.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Vida (Breve)



A vida não é breve
Como dizem por aí
Breve é a felicidade
Breve são os amores
Breves são as chuvas
E os dias secos
Breve são as lágrimas
Breve é o preço que se paga
Pelo sim
Pelo não
Breve são os ventos de dias otimistas
Breves são as notícias dos jornais
Breve é a morte
O resto é vida
E a vida não é breve.

sábado, 2 de junho de 2012

O empresário e o hippie



Era uma vez, dois meninos: um loiro e magro, outro moreno e baixo, mas isso não vem ao caso. O caso é que foram amigos desde criança, mas cresceram e foram pra faculdade. Perderam o contato nesse tempo e nunca se encontraram durante as férias. Eram os tempos antes da internet (não muito antes), tudo era mais complicado.

Qual foi o curso de cada um, também não interessa; interessa o ser que cada um formou nesse meio tempo: o loiro e magro virou empresário, o moreno e baixo virou hippie.

Já formados se encontraram e se assustaram com o que o outro havia se tornado, mas foram juntos tomar cerveja e discutir o caso. Cada um tinha um bom argumento pra vida que escolhera: liberdade; conforto; vida sem rotina; estabilidade; não se prender a alguém; mulher e filhos. Assim foi a discussão por um longo tempo. 

Depois desse dia, levou anos para se encontrarem novamente. E foi um susto no dia em que isso aconteceu: o loiro e magro agora era hippie e o moreno e baixo virou empresário.

Nunca mais foram felizes.

quinta-feira, 17 de maio de 2012


É só falta do que fazer
E eu não estou afim de esperar
Pode ser que seja mais dia
Pode ser que não seja mais
Nem sempre faz diferença
Saber ou não saber alguma coisa
Depende da utilidade da vida do ser
Depende do que é realmente útil
E se eu resolvesse esperar
Ainda assim estarei fazendo algo.

A revolução dos bichos*




*Livro de George Orwell, lançado no ano de 1945.

Em uma fazenda, animais se reúnem para tomar o poder e conquistar a sonhada liberdade. Queriam ser governados por eles mesmos. Os porcos Napoleon e Snowball traçam planos secretos, e num descuido do fazendeiro, expulsam os humanos de lá. Cria-se um novo Estado, uma nova forma de governar. No novo mandamento, exalta-se a frase “Todos os animais são iguais”. Mas não demora muito para que os porcos tornem esse novo governo tão injusto, corrupto, prisioneiro e explorador como o anterior. Refazem os mandamentos e declaram:
Todos os animais são iguais, mas uns mais iguais que os outros”


Li “A Revolução dos Bichos” na metade do ano passado, pouco depois de ter lido pela segunda vez “O Manifesto do Partido Comunista” de Engels e Marx. Lidos em sequência, deram um impacto no meu pensamento e pude analisar melhor as coisas.
Quando li “O Manifesto do Partido Comunista” pela primeira vez, achei fantástica a forma como Marx analisou a sociedade e me admirei que os problemas do mundo em 1948 fossem os mesmo do mundo de 2011.
Após ler “A Revolução dos Bichos” e, logo em seguida, reler “O manifesto” pude ver as coisas mais reais, mais ao fundo. Marx foi ótimo analisando a sociedade, mas esqueceu de um detalhe importantíssimo: o Homem! Pode-se mudar todo o regime, mas se o SerHumano não mudar a forma de pensar, nada adianta. Foi o que aconteceu na URSS, foi o que aconteceu na fazenda.
Outro ponto que passei a pensar e analisar depois dessas leituras, foi de como o homem escolhe se submeter. Logo no começo do enredo de Orwell, os porcos decidem que as maçãs que caíram no chão deveriam ser apenas deles, pois eles têm todo o trabalho mental de organizar a sociedade. Os demais animais não contestam, aceitam e acham que é justo.
O SerHumano sempre teve a opção de escolher. Muitas vezes, escolheu não escolher. Há quem diga que nem sempre o homem pode escolher e, de exemplo, citam fatos como a escravidão, a servidão aos senhores feudais na Idade Média, a ditadura (qualquer que seja ela). Mas o fato é que, independente da situação, o escravo, o servo, o proletariado deixou-se dominar pela minoria.
No nosso tempo, o homem deixa a mídia dizer o que ele deve vestir, ouvir, usar, pensar, ler, escrever, rever, parar, olhar tudo superficialmente. A maioria é escrava do seu tempo. Mas o homem deve superar a si mesmo. Comunistas discordarão, mas o fato é que todos têm a mesma chance, só esquecem de pensar além.
A sociedade é feita pelos homens que nela vivem; os homens se escolhem, se fazem nessa sociedade e moldam o meio. É um círculo vicioso. É a cobra mordendo o próprio rabo. É o materialismo dialético do Marx dissolvendo toda a revolução. É contraditório sim, mas é assim a verdade (não a única verdade, apenas uma delas).
Filósofos sempre buscam o que é eterno. E tudo que estudei sobre História, Filosofia, Sociologia me mostram que a maioria sempre baixou a cabeça, se submeteu e reclamou. Nada além disso.
Cada um deve buscar o seu meio de superação. Tentar superar a sociedade, é perda de tempo.

domingo, 6 de maio de 2012

Homem feito
Homem de barro
Qualquer vento
E se desfaz
Assim que vem vontade
Volta a ser
Se molda
Não gosta
Fica a mercê do tempo
E há temperamento:
Fúria
Ternura
Tristeza e ódio
Poucas são as coisas que mudam
A maioria das pessoas são iguais.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Poeira do Caos


Muda o vento
E muda a vida
Direção oposta
E você corre contra
Muda o tempo
E isso é possível
O frio imprevisível
Vem devagar
Vem com a mudança do vento
Ventila a cabeça
Bagunça todo o espaço
Coloca no centro
A poeira do caos
Explode
E outra coisa nasce
Outro você
É só mudar o vento.

domingo, 1 de abril de 2012

Nem tão pouco...


Do quanto você espera
Esqueceu de contar as datas
Que nem eram tão importantes assim
E vendo o sol nascer
Voltou a ter coragem
Tudo voltou a resplandecer
Na aurora dos tempos
Na mente aberta
Viaja: a tal busca por si mesmo
Em busca de algo
Que jamais entenderá
De tanto pensar
E também olhar pra trás
Deixou lá
O que pra lá ficou.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Fica ou passa?

Já acreditei em nada,
já acreditei em tudo.

Acabei percebendo que algumas coisas são realmente impossíveis. 
E tive que aceitar que outras realmente acontecerão.

Mesmo que você queria mais do que tudo,
Sem ser por você ou mesmo sem querer.

De tudo que passa, algo fica.
Tudo que fica é só o que passa.

A vida é como uma piada sem graça
Da qual você ri para agradar.

Uma brincadeira de mau gosto, 
e o sorriso no canto quebrado do espelho.

Essas frases sem sentido não é o que sinto. 
É só o que passa.
 
Autor: Guiomar Baccin.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Vazio.


Toda escada
Sobe, desce
Derruba
Toda estrada
Para, anda
Corre na direção contrária
Todo circulo
Circula
Faz o sangue circular
Circunstancias demais
Ensaio geral
Na véspera da derrota
Toda estratégia
Fria, calculista
Aquecida no copo
No corpo do morto
Antes de ser enterrado
Do rato de esgoto
Sentado lá no alto
A 7 palmos do chão
No raso inferno
Ou no céu profano
Prole
Proletário
Escravos da revolução
Da própria invenção
Perseguidos pela ideia
Pelo ideal de perfeição
Invadir, avançar
Sempre em frente
Rápido ou devagar
Com motivo
Sem sentido
Tanto faz
Tanto fez
Tudo de novo, tudo outra vez
Era uma vez
Num paraíso tão vulgar
O pecado da carne
Canibal devorado
Em pleno carnaval
Na folia
No folclore
Na festa de imigrantes
Ou dos estudantes de porre
Na praça,
Na igreja
Santa fé
Maldito dinheiro
Tudo cada vez mais cheio
De tanto vazio.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Padrão


Só para que nada fosse feito
Começaram a explicar os termos
Complicar o que era simples
Fazer do ato uma teoria
Colocar cada ser dentro de um padrão
Mesmo os que se excluíram
Fizeram questão de incluir
Apenas para somar
Sem nada acrescentar
E tudo que havia sentido
Foi se desfazendo
Juntamente com o Novo Mundo que se criou.


As verdades foram inventadas
Por aqueles que fizeram o mundo
Pintadas no mesmo quadro
Mudando, volta e meia, a moldura
Vice e versa
E o verso deixa de ser
E se transforma em oposto
No contrário do contrário
E há quem diga que quem escreve
Foi quem realmente criou
E foi dito, assim foi feito
E a luz ressurgiu
E o déspota esclareceu
A lâmpada que não iluminou
Foi a mesma ideia
Da mesma revolução
Que estourou por um meio
Com o fim necessários
Pra se produzir a humanidade
As mentiras da arte
O verso do oposto
O vice do contrário
Da contradição.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Tomei café gelado


Por pensar que a água estava quente
Foi pressa e falta de atenção
A canção que tocava na minha cabeça
Falava de coisas que terminam
Mas continuam sempre ali
Tão confuso como sempre foi
Tudo do que a gente nunca teve
O que há de vir a ser
Não há como saber
Não há quem saiba.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Na noite passada estava escrevendo algo sobre a vida e como ela é incrível.
Esta vida é tua. Toda tua o tempo todo. Tu tens o poder de escolher o que você quer fazer de tua vida.
Então, escolha bem e faça-o bem. Seja o mais possível justo e perfeito.
Tu tens o poder de amar o que você quiser amar na vida.
Mas, ame honestamente. Seja o mais possível leal e sincero.
Tu tens o poder de andar pelas ruas, pelos rios, pelas florestas, pelas cidades, à noite e ao dia.
Tu faz parte da natureza. A natureza é um todo, do qual tu é uma pequena parte. Seja o mais possível comprometido e autêntico.
Tu tens o poder de controlar sua própria vida.
Ninguém mais pode fazer isso por você. Faça tua vida ser o mais feliz possível.
Na verdade, nós vivemos somente para descobrir beleza e a verdade. Todo o resto é apenas uma forma de espera.
Então, só posso dizer que, diante da vastidão do tempo e da imensidão do universo,
é um imenso prazer para mim compartilhar de um planeta e de uma época com você.
Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, absorva todos os conhecimentos. Isso é fantástico.
Mas tenha sempre em mente:
Ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.
 Luiz Carlos Gnoatto

quinta-feira, 8 de março de 2012


Só para fazer sentido
Nada mais foi dito
Eu nego e não morro por isso
Há muita luz
E mais calor do que eu consigo suportar
Tudo o que há de mais concreto
Fica abstrato quando se tenta definir
Tudo que há de mais sagrado
Passa a ser pecado
E todo mundo peca e pede perdão


Acho os dias mais bonitos, quando o horário não é de verão.

Quem puder me definir alguma coisa
Que faça
Mas que não seja à toa
Que não seja do jeito que qualquer um impõe
Que não me pague para que eu diga
O que deve-se fazer da vida
Todo dia
Toda hora
Minuto a mais
E toda a coisa é alterada
Não que faça tanta diferença assim
Não que seja igual as coisas
Que alguns definem como normal
Eu sinto as coisas
Que não fazem sentido
E entendo o que dá pra entender
O que me é útil
E nem sempre definido
Algo que eu não queira fugir
E nem absorver.


terça-feira, 6 de março de 2012

Sem data


A roda gira
Gira sem parar
O relógio anda
E nunca sai do lugar
Tempo é relativo
E relatividade é opinião
Quem quiser comprar
E pagar à prestação.

domingo, 4 de março de 2012

Além dos outdoors


Era uma vez, uma menina chamada Joana. Era de uma beleza incrível e cresceu ouvindo isso de todos: desde o vizinho apaixonado a invejosa da sala de aula.
Joana queria mostrar essa beleza a todos, queria ser modelo, famosa, que todos a vissem e a admirassem.
E consegui.
Joana desfilou pelo mundo, saiu na capa de muitas revista e teve sua vida relatada em programas dominicais.
Certo dia, pouco antes de subir na passarela, Joana repensou sua vida. Olhou pela janela e viu seu rosto em um outdoor. Percebeu que seu olhar era vazio, acompanhando sua vida e seu sentimento.
Joana não desfilou naquela noite. Na verdade, nunca mais.
Mudou-se para uma cidade pequena, onde ninguém a conhecia. Virou professora do jardim de infância, casou e teve filhos.
Agora sua vida fazia sentido.

No primeiro ou no último
A distância
Ou o que faz a diferença
No instante
No instinto
Num passado
Cheio de futuro
Num fim sem meio
Para justificá-lo
Para modificá-lo

Os que falam
Os calam
E ainda há os que nunca pulam o muro.

sexta-feira, 2 de março de 2012


Posso ser uma fração
De qualquer coisa que se mova
A favor do vento
Ou contra a corrente
Além do que se move
Posso já não querer ser
E ver tudo se dissolver
Expandir o olhar
E ver as coisas de olhos fechados
No modo a ser ignorado
Por quem não consegue entender
Entenda
Agora o mundo já mudou
Estamos em outra dimensão
E nenhum plano de fuga poderá nos salvar
Sonhos perfeitos
Em realidades paralelas
Ao que se pode esperar
Além do que se move
E se dissolve
Fora do ar.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Uma poesia de bom dia

Quando amanhece 
E eu vejo o sol brilhando lá em cima
Eu lembro de você.
Quando anoitece
Ou quando a lua se oferece ao dia, lá em cima
Eu lembro de você.

Quando estou triste, desanimado,
Ou quando quase, por um pouco, não há esperança
Eu lembro de você.
Quando me alegro e tenho forças
Ou quando quero mudar o mundo
Eu lembro de você.

Se o que resta-te é viver nesse mundo sem sentido,
O que resta-me é viver neste com você.
.



Guio


.
PS.: Lembra, Gabi? Isso foi no dia 27/11/2011.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Pobre Osvaldo


Osvaldo acordou exausto por causa do sonho que tivera: estava caminhando tranquilamente pela rua quando alguém começou a lhe seguir. Começou a correr e o celular no bolso começou a tocar. Era a namorada avisando que mudou os planos, não iria mais casar, iria se mudar para o Japão com o novo chefe de exportação. Osvaldo chorava e corria; estava triste e cansado. Quando virou a esquina o despertador lhe acordou, para seu alívio.
Levantou, tomou café e foi para o trabalho caminhando tranquilamente pela rua quando alguém começou a lhe seguir. Começou a correr e o celular no bolso começou a tocar. Era a namorada avisando que mudou os planos, não iria mais casar, iria se mudar para o Japão com o novo chefe de exportação. Osvaldo chorava e corria; estava triste e cansado. Quando virou a esquina levou um susto: não sabia mais se estava dormindo ou acordado.

domingo, 19 de fevereiro de 2012


Assim, desse mesmo jeito
Tento não sentir
E não faz tanta diferença
Tão frio, morno, quente
Enquanto os outros se conformam
Eu tento entender
Mas tem explicação?
Talvez seja tudo ilusão
E eu me preocupo sem razão
Será que não é tão óbvio assim
Ou apenas eu percebo de um modo diferente?
Esterei apenas fingindo?
Pode ser,
Nunca se sabe
Ou se sabe
E finge-se o contrário.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012


Até que uma ideia torne algo real
Até que a vida chegue num estágio final
Tudo o que somos, somos a todo instante
E o instante nos muda
Nos deixando inconstantes
Consciente de tudo
Que pode nos dar nada
E do nada que nos rodeia
Fazendo a roda girar
Mas quem foi que disse
Que nada se transforma
Se transformou em produto
De compra, venda e troca
Muito tempo, quase sempre é pouco
Quando não há motivo
Ou sentido
Pra continuar uma vida digna de ser vivida
Passada e repassada a limpo
Por todas as coisas
Que não voltam atrás.

Terra da Liberdade


Inventaram um novo sistema
E tivemos que nos acostumar
Descobriram um novo mundo
E nos mandaram para lá
Afirmaram ser a Terra da Liberdade
Mas ninguém é livre pra pensar.

Ser livre é questão de escolha
Escolhemos a condenação
Nos acostumamos com tudo isso
E ainda não somos civilização.

08 de julho de 2009


Na primeira impressão
No momento de pressão
No máximo o diferente
É falta de se duvidar
Engraçado e falso
O santo tão profano
No nascimento da morte
Do homem que não deixou de ser
Pode até parecer coisas tão irreais
E é lógico que 'talvez'
É muito breve
Tanto quanto já nem há tempo
Pra se medir, pra se contar.


Era um dia além do Dia





Aquilo que se sobrepõe
E faz o ar ficar denso
Precisa de um suspiro pra respirar

Todos os instantes que o antecederam perderam a validade naquele exato momento.

Sinto necessidade de escrever à mão




É como se o digitar me roubasse a imaginação, o sentimento mais puro. Escrever à mão é meio mágico: não se apaga com um botão quando se muda de ideia, se rabisca em cima. Acho que isso é mais parecido com a vida: não dá pra apagar o que a gente viveu, mas muitas vezes riscamos tão forte que na manhã seguinte não fazemos a mínima ideia do que estava embaixo de toda aquela tinta. Isso é bom. É assim que vem uma nova ideia, uma nova vida, um novo pensamento depois daquele que foi riscado.

As vezes não vem nada depois disso, mas não dá pra tirar o rabiscado de cima, o que melhor conseguimos é seguir em frente, buscando outras palavras ou reescrevendo as antigas, quando estas realmente valem a pena. Alguns (F.G.) dizem que a vida é uma caixa de bombons. Eu digo que a vida é escrever à mão.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

É sempre assim


Antes que se diga qualquer coisa
Muitas coisas já foram perdidas
E a maioria era importante
E por que ser tão medíocre?
Essa tal de globalização e linhas imaginárias
Tudo nos dividindo e nos prendendo
Enquanto não aprendermos a ser mais
Somos mais um na multidão
E todos falam do óbvio
Como se fosse nada demais
Mas o que fazer
Com o que fizeram com a gente?
Se a gente nunca sabe
Pra que direção correr
Se a gente nunca sabe
Onde se esconder.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012


Os conflitos de uma geração,
Um mundo perdido
Nos fazem olhar para o alto
Esperando o novo chegar
As mensagens de amor nos livros
Esquecidos na estante
E eu, por um instante,
Não sou ninguém além de mim mesma
Esquecida no fundo da gaveta
Ainda guardo um retrato daquele tempo que já passou
Há tanto tempo
Cada passo, cada movimento
Uma certeza, um momento
Ainda não vivido e esquecido tão depressa
Um passo em falso, Um tropeço
Uma luz no fim do túnel
Faz parte da vitória que temos constantemente
Sem deixar transparecer
Sem ao menos perceber
As purezas das coisas belas de um mundo perdido em outra galáxia
Uma esperança, uma certeza, um medo
De se deixar enganar pela rotina
Todo dia o sol vem sempre brilhar
E mostrar a lucidez quando pensamos
Que estamos embriagados
Pelas nuvens cinzas que tapam nossos olhos
E não nos deixam ver
As purezas das coisas belas
De um mundo perdido em outra galáxia.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Me faltam fatos
E o ato ainda é pouco
Para tanto
Tão pouco tempo
Tão pouco tudo
Quase nada de mundo
Imundo, tudo gira
E o contraste das cores do horizonte
Faz da beleza algo especial
Faz-se sentir
E o sentido faz tudo ser
Pode não ser muito, mas muda tudo
Pode até não ser, mas muda tudo.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Caos e cosmo.

Questão de tempo
De espaço
E encontra-se o equilíbrio
Entre o caos e o cosmo
E encontra-se equilibrado
Sem se impor
Apenas a completar-se
E veio naturalmente
Inevitável
E o horizonte não mostra fim.

E no reencontro, o beijo irá tirar o fôlego!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Dúvidas!

E como foi feito esse mundo?
Que deus criou tudo isso assim?
Será que já pensava que tudo seria banalizado?
Será que já pesava a culpa do que seria o futuro?
Há algum deus?
E como será o futuro que ainda nem chegou e que nem se imagina?
Que efeito teria isso em outro mundo menos banal, com menos humanos?
De que nos serve sermos racionais se nunca pensamos nos nossos atos tão banais?
Tudo seria perfeito se não estivéssemos aqui para por em prática a desordem atual?
Seria mais útil não ter razão?
Seria mais útil não ter coração?
O que é Tudo isso afinal?

A única coisa certa é que é inútil ter certeza, mas somente a certeza pode te surpreender.
Falta espaço
E tudo é ilusão
Poderia ser perfeito?
Só a ilusão pode.
Poderia ter defeito?
Só o que é real pode.
E o que você poderia?
O que o mundo faria se você pudesse voar?
Será que te louvaria
Ou te desprezaria por tanto ousar?
E você faria isso sozinho à noite
Ou iria de dia observar o mar?
É tanto ar
Que todo mundo respira sem pensar
E se falta num segundo
O desespero é que sufoca
O que se espera é que sempre aconteça o obvio
E nada de mais...
Nada mais
Nada mais obvio do que só isso esperar
Se o tempo parasse, você nem perceberia;
Se você me contasse, eu não acreditaria;
É tudo obvio
E nada demais
Nada mais.